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O tratamento psicológico envolve o uso de medicação?

  • Foto do escritor: Maicon Zimmermann
    Maicon Zimmermann
  • 14 de set. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de fev. de 2024


Ao iniciar um tratamento psicológico é comum ter dúvidas sobre a necessidade ou não de fazer uso de psicotrópicos (medicamentos de uso psiquiátrico, geralmente de uso controlado).


No tratamento da saúde mental, existe uma distinção entre o papel do Psicólogo e do Psiquiatra que é importante entender:


O psicólogo é responsável pelo tratamento psicológico que intervém em aspectos como pensamentos, emoções, relacionamentos e comportamentos sem o uso da medicação.

O responsável por fazer o tratamento medicamentoso é o psiquiatra, cuja formação em Medicina lhe assegura o direito de prescrever os medicamentos e também de fazer quaisquer mudanças que forem necessárias ao longo do tratamento.


O psiquiatra avalia o quadro de sofrimento mental do paciente e realiza intervenções medicamentosas para alterar a química cerebral em prol do controle dos sintomas. As alterações da química cerebral podem contribuir para que o paciente tenha um melhor funcionamento diário.


Desse modo, o processo da terapia também pode ser beneficiado pelo uso da medicação. O ideal é que psicólogo e psiquiatra trabalhem em conjunto para atingir objetivos terapêuticos com o paciente. Ao estar mais estabilizado, o processo de terapia também será beneficiado, pois o paciente terá mais condições de se engajar no processo terapêutico.


Toda pessoa em tratamento psicológico precisa de medicação?


Não, a necessidade do uso varia de acordo com as particularidades de cada paciente e a complexidade do caso clínico. Nem todo tratamento psicológico envolve o uso de medicação.


Quando uma pessoa inicia a psicoterapia (lembrando, quem faz a o trabalho de psicoterapia é o psicólogo), cabe ao psicólogo avaliar se o uso de medicação é ou não indicado. Caso seja necessário, o paciente é encaminhado para fazer também tratamento com um psiquiatra.


Existem casos em que a psicoterapia evolui apenas com o uso conjunto de medicações, existem casos que a evolução se dá sem medicação. Cada caso é um caso.


O Receio de tomar medicação


Para algumas pessoas, o uso de medicação psicotrópica pode parecer algo bem desafiador e assustador. Há vários temores e preconceitos envolvidos: desenvolver dependência dos remédios, apresentar efeitos colaterais adversos, ter que fazer uso contínuo por toda vida, o estigma de que “psiquiatra e medicação de psiquiatra é coisa de gente doida”


É fundamental informar que:

  • Quando a medicação é administrada responsavelmente, de acordo com uma avaliação precisa e de acordo com a prescrição médica, as chances de desenvolver dependência são muito pequenas.

  • A tecnologia medicamentosa está avançada a ponto de existirem medicações que não causam dependência, não geram efeitos colaterais ou geram efeitos mínimos.

  • O uso de medicação não é "coisa de gente doida", mas é coisa de gente que está buscando a redução do seu sofrimento e, assim, maior qualidade de vida.

  • Existem muitos casos em que o uso da medicação juntamente com a terapia é peça chave para que o paciente melhore.

  • O tratamento medicamentoso - a depender do caso - visa ter início, meio e fim. Grande parte dos tratamentos medicamentosos não é para a vida toda.


Por fim, a medicação é uma grande aliada da psicoterapia, mas não são todas as pessoas que precisam usá-la. O importante é buscar profissionais qualificados que identificarão se há ou não necessidade e, assim, propor o melhor tratamento possível para cada caso.


Maicon Zimmermann

CRP 15/5379









 
 
 

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