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Sobre estradas e destinos.

  • Foto do escritor: Maicon Zimmermann
    Maicon Zimmermann
  • 27 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura

"A felicidade não está na estrada que leva a algum lugar. A felicidade é a própria estrada."

Bob Dylan

E aqui eu quero definir o nosso destino não como algo já traçado, mas como algo que traçamos. Como se fôssemos motoristas que têm o acelerador (energia?), o freio (descanso?), o câmbio (ritmo?), a direção (escolhas?) e onde queremos chegar (destino?). Então existem esses destinos grandes e pequenos. Os da vida, os do cotidiano. Uma meta para o dia, semana, mês ou ano. Ou quem sabe daqui a 10 anos? Talvez um sonho de vida. Eu não sei quais os seus destinos, não sei onde gostaria de chegar... Dentro das nossas limitações existem infinitos destinos e você pode ser livre para apontar a vista na direção dos seus. E quando não faço ideia de onde ir? E quando não tenho meta, sonho ou objetivo? Não se preocupe! Preocupar-se em demasia vai gerar muita tensão e muita tensão não me parece razoável para resolver a questão. Talvez, apenas precise de um pouco de tensão para ficar atento e não deixar algo valioso passar. A leve tensão vai cair bem junto com o relaxamento que permite viver a vida. Aqui é importante estar aberto à experienciar e viver, pois, mesmo sem saber para onde ir, é possível viver. Talvez, enquanto vai vivendo, naturalmente a vida pode te mostrar algo que balance teu coração e faça você dizer para si mesmo "é para lá que quero ir" ou "é aqui que eu quero ficar". O que quero ressaltar com tudo isso não é tanto a importância do destino, mas é a importância do caminho, do processo e cada passo dado nele. Porque às vezes ficamos tão obcecados pelo destino que esquecemos de fazer um bom caminho. Esquecemos de reconhecer os pequenos passos, de comemorar as pequenas conquistas, de aproveitar para contemplar a paisagem e suas pequenas nuances, de aliviar o peso das mochilas, de parar sob a sombra para descansar, de jogar um pouco se conversa fora com outro viajante ou dar uma ajudinha a ele. Às vezes ficamos tão obcecados, tão apressados, tão sedentos do destino que nos pressionamos e fazemos mal à própria saúde física e mental. É como se a gente quisesse que o rio corresse mais rápido para o mar, mas acabamos deixando a fonte do rio secar. Tal atitude paradoxalmente nos afasta do nosso destino, pois precisamos de saúde para seguir, precisamos de um caminho com alegrias para avivar e renovar nosso ânimo.

No curso do rio da vida, que flui em direção ao mar que se destina, são fundamentais o cuidado com a fonte e o encontro da alegria em seu curso. Triste é aquele que espera para sorrir só quando o rio beija o mar.

Esse texto é um convite para aproveitar o curso do rio. Um grande abraço,

Maicon Zimmermann

 
 
 

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